Save the cat! - Resenha crítica - Blake Snyder
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Save the cat! - resenha crítica

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Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Save the cat!: the last book on screenwriting you’ll ever need

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 1-932907-00-9

Editora: Michael Wiese Productions

Resenha crítica

Imagine que você convida seus amigos para assistir um filme. Em casa ou no cinema, é preciso escolher o que vocês verão pelas próximas duas horas de suas vidas. Quando alguém sugere um título, é inevitável que surja a pergunta: “O que é isso?” “O que é” ou “Sobre o que é”, são questionamentos que pedem que você faça o mesmo exercício: que entregue uma sinopse breve que consiga convencer a seus amigos de que aquela é a melhor escolha para a noite de todos. Não é tão diferente de vender uma ideia em Hollywood.

O que é?

Pense que você, um roteirista, está com um novo projeto e precisa encontrar apoiadores em meio a uma das maiores indústrias cinematográficas do mundo. Agentes, atores, produtores, é preciso que alguns, ou O alguém, se interesse o suficiente pela sua obra a ponto de fazê-la acontecer. Entretanto, você não é o único. Existem milhares de pessoas com o mesmo sonho que você, com mais ou com menos talento. Para se destacar, saiba responder a pergunta mais básica possível: “O que é?”.

Snyder confessa que esse modelo hollywoodiano pode parecer um tanto insensível, como se desvalorizasse a veia artística do roteirista. Mas a verdade é que todos temos prazos a cumprir, e com tanto conteúdo e tantos filmes surgindo todos os dias, é preciso capturar a atenção dos espectadores com muito mais eficácia do que jamais foi preciso. De acordo com Snyder, essa é a explicação para tantas franquias virem surgindo. Elas já foram “pré-vendidas” e, portanto, são uma escolha fácil para o espectador médio.

Como exercício, o autor sugere que você tente responder a essa pergunta sobre o roteiro no qual está trabalhando atualmente. Concentre-se e tente responder em uma frase, da forma mais breve que conseguir: O que é isso?

Se você conseguiu responder, está no caminho certo. Mas não se engane, o modo como você responde também é importante. Há uma maneira “certa” de responder essa questão, um jeito que fisgue a atenção das pessoas. Agora, veremos como Snyder nos ensina a fazer isso.

Como vender a sua ideia

Não, não basta você conseguir resumir seu roteiro em uma frase. Apesar de não conseguir fazer isso ser um indicativo ruim de acordo com Snyder, esse é o primeiro passo dentre mais alguns rumo ao sucesso da sua estória. É preciso que sua frase chame atenção da maneira correta, que se destaque entre tantas outras. Vamos agora aprender os quatro passos de Snyder para uma logline que capture a atenção de todos.

Como dissemos anteriormente, pessoas que trabalham com cinema e grandes produtoras são bombardeadas com novos roteiros e ideias diariamente. Os espectadores, ainda mais nessa nova era de streamings, têm acesso a milhões de filmes e séries a apenas alguns cliques de distância. Para nos destacarmos entre tanto conteúdo, o primeiro passo apontado pelo autor é o uso acertado da ironia. Sim, isso mesmo, a ironia pode ajudar a vender seu primeiro roteiro.

O uso acertado de uma dose de ironia em sua frase-roteiro é um ótimo jeito de capturar a atenção das pessoas. Pense, por exemplo, na frase que resumiria o filme “Uma linda mulher”, de 1990: “Um empresário de sucesso se apaixona pela prostituta que contratou para ser sua acompanhante por um fim de semana”. Há uma certa ironia na estória, que causa no leitor a sensação de “isso não deveria estar acontecendo”. 

Outro exemplo trazido pelo autor é o do filme “Duro de matar”, de 1988. Seu resumo ficaria algo como “um policial aposentado vai visitar sua ex-esposa quando o prédio de seu escritório é invadido por terroristas”. Nos dois casos trazidos por Snyder, podemos perceber que a “ironia” a qual ele se refere se trata de algo anormal, uma coisa estranha, que não aconteceria normalmente. Ora, não costumamos achar que o local de trabalho de alguém será invadido por terroristas armados. O importante é seu roteiro ter o mínimo de estranhamento para gerar curiosidade. “O que será que vai acontecer agora?”.

O segundo passo é que sua frase seja atrativa o bastante para que o leitor consiga criar uma rápida imagem mental a partir dela. Ele já consegue visualizar uma parte do filme, entender sua atmosfera ou captar sua essência. Como exemplo, Snyder nos aponta “Encontro às escuras”, de 1987, e o argumento com o qual seu produtor, David Permut, vendeu o filme: “Ela é a mulher perfeita - até tomar o primeiro drink”. 

Não temos tantas informações ou acesso às minúcias desse roteiro à primeira vista, mas isso não importa agora. O que importa é que, com poucas palavras, conseguimos captar alguns dos elementos principais da narrativa: A mulher, provavelmente, parece a ideal, e isso vai motivar o protagonista, apesar do seu comportamento após a primeira bebida. Dessa forma, conseguimos intuir que é um filme que vai se passar em uma única noite. É uma frase curta, mas impactante.

Um outro aspecto, este muito importante do ponto de vista mercadológico de um roteiro, é que a partir dessa única frase devemos ser capazes de compreender o público do filme e quanto ele deve custar para ser feito. Muitas vezes, isso é possível quando conseguimos traçar certos paralelos com filmes que já existem, como, por exemplo, um filme de Natal que envolve interação com parentes “malucos”. Já existem “Entrando numa fria”(2000) e “Surpresas do amor” (2008), entre tantos outros. Conseguimos visualizar que o público será entre jovem adulto/adulto, escolheremos um casal de atores jovens e atraentes como protagonistas e colocaremos alguns veteranos no papel dos sogros. É uma fórmula que dá certo, pois já foi testada antes.

Conseguimos também, a partir dessas informações, entender que será um filme de médio-custo, ao menos dentro dos padrões hollywoodianos. Não será um filme barato, pois queremos investir em atores que tragam um certo apelo ao público, mas não precisaremos gastar tanto em efeitos especiais ou grandes cenários.

Por último, mas não menos importante, aquilo que vai ser o primeiro contato do seu leitor com o seu texto: você precisa de um título arrasador. Para um bom título, é preciso atingir um equilíbrio delicado entre apontar as especificidades e o que há de especial em sua história, ao mesmo tempo que indica os assuntos que serão tratados no filme. O título e sua frase-resumo devem fazer um combo capaz de vender a sua obra.

Conheça, de verdade, filmes

Chegamos à metade deste microbook e percebemos que uma característica comum entre roteiristas e cineastas de sucesso é que eles sabem do que falam. Conhecer bem um filme não se trata de saber suas falas decoradas ou seu roteiro do início ao fim. O que queremos dizer quando falamos em conhecer filmes é, na verdade, entender as emoções que estão em jogo dentro dessas narrativas, o que há em comum entre elas. Acredite, nenhuma obra é totalmente original - e está tudo bem.

Não há nenhum demérito em se inspirar em obras que já existem. Na verdade, é impossível construir algo totalmente inédito ou 100% original, afinal, já consumimos tantos livros, filmes e séries durante a vida que todos acabam nos influenciando de alguma forma. O importante é não se deixar cair dentro do clichê. Um clichê não é um problema por si só, mas é importante que saibamos usá-lo em nosso favor.

Crie um bom repertório de filmes, dos mais diversos gêneros. Assim, você começará a entender os clichês mais utilizados, como evitá-los e, até mesmo, como usá-los para criar “plot twists” que adicionem originalidade à sua obra. Depois de ter visto várias obras, você vai perceber que já existem gêneros dentro de gêneros que englobam temas e estruturas narrativas parecidas. Esse é um trabalho interminável para todo bom roteirista, não desista.

Criando um bom protagonista

Encontrar o herói da sua história é a segunda coisa mais importante depois de chegar à sua frase-resumo. Logo depois de “o que é”, a segunda pergunta mais feita será “quem está nele?”. É o “quem” e o “o quê” que se unem para criar uma estória que não apenas vale a pena, do ponto de vista econômico, como será algo que causará curiosidade e desejo nos espectadores.

O herói perfeito é aquele que consegue movimentar a narrativa e prender a atenção das pessoas. Ele vai causar conflito emocional, vai embarcar numa longa jornada e tem algum tipo de objetivo primário que nos faz torcer por ele do início ao fim. Alguns temas que costumam tocar as pessoas de modo mais direto são a sobrevivência, a fome, o sexo, proteger seus amores, dentre outros. Por isso que costumamos ver tantos filmes que colocam personagens como irmãos e irmãs, pais e filhos, casais. A relação entre eles nos faz acreditar em seus propósitos porque nos identificamos com esses personagens.

O roteiro dentro do roteiro

Após definir seu protagonista, seus objetivos e suas características, Snyder nos aponta que roteiros costumam possuir uma outra espécie de “roteiro” dentro de si. Na verdade, para o autor, bons roteiros costumam seguir um caminho parecido.

Pense em uma boa abertura, estabeleça o tema que será discutido na estória e, a partir daí, crie o dilema. O que precisará ser resolvido pelos personagens? A narrativa deve ser desenvolvida lembrando-se das dicas que demos a respeito de um bom protagonista. Um bom final amarrará todos esses conflitos e deixará claro para o espectador toda a jornada vivida pelo personagem.

Notas finais

Se você chegou até aqui exercitando tudo que Snyder nos ensinou, talvez você já tenha um primeiro rascunho de seu roteiro. Esse é só o começo. Certamente há partes e personagens que você achou que poderiam ser melhor trabalhados em seu roteiro. É normal! Provavelmente você está certo, sempre é possível melhorar. Não desista, continue estudando, vendo filmes e, o mais importante, escrevendo.

Dica do 12min

Se você gosta de escrever mas não está certo se a carreira como roteirista é o seu caminho, ou melhor, gostaria de aprender mais sobre o mercado editorial para ampliar seu campo de atuação, temos a indicação certa. No microbook “O livro secreto do escritor”, Lilian Cardoso ensina os principais hábitos de um bom leitor e como fazer seu livro se destacar. Só aqui no 12min.

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Quem escreveu o livro?

Blake Snyder foi um renomado roteirista, consultor e autor estadunidense, conhecido pelo livro “Save the Cat!” (2005), referência em estrutura narrativa para o ci... (Leia mais)

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